Marcos Clark. Tecnologia do Blogger.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Eclipse


No amanhecer cada raio daquela nova luz é contagiante,
sonhos são vendidos, planos são traçados, as promessas jogadas ao ar.
No entardecer o amadurecimento daquelas idéias,
faz perdurar os feixes instáveis de aurora.
Crepúsculo chega, as formas se tornam menos nítidas,
os olhares cansados, a previsão do que está por vir angustia.
A lua surge então no horizonte, as brigas,
a gritaria, os pratos quebrados e o fim.
Lágrimas escorrem na madrugada,
a desesperança de um amor perdido.
O sono vem, adormecem em camas diferentes.
Até que então o sol insiste em nascer, e começa tudo outra vez.

4 Comente aqui:

Meloso disse...

Meu caro Clark, interessantíssimo a forma como tu mostraste metaforicamente uma realidade existencial nossa tão crua e nítida que chega a ser promíscua e quase invisível. A repetição, a vicissitude, a impermanência e a insistência e permanecer a repetir-se, de modo geral, de modo profundo, mas sempre repetindo-se. Creio que veio daí o nome vida, como também creio que surgiu daí o nome alienação.
Profunda a sua análise, a brincadeira com a leveza das palavras é impressionante e a sua visão quase plástica transcende para um "espectro" elevado.
Amplexos.

disse...

Muito bom, você se expressa como um verdadeiro poeta! exelente

Uuri disse...

mais u, como sempre. perfeito

Thaís disse...

Somos vítimas do tal "eterno retorno". Estamos presos a instantes de eternas repetições e querendo ou não, elas sempre voltam. Me impressiono cada vez mais com a perfeição de suas palavras!

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