Desde que o Samba é Samba
Algumas pessoas culpam as comédias românticas pelas expectativas frustradas.
Eu culpo o rock britânico, o "triste rock britânico" citado em (500) dias com ela.
Não que eu não escute, eu escuto e adoro brit rock.
Mas os Beatles que me perdoem, na tristeza eu prefiro o samba.
O samba existe para nos fazer sorrir, não existe samba triste.
Como disse Caetano:
"O samba é o pai do prazer,
O samba é o filho da dor,
O grande poder transformador."
Faço das palavras dele, as minhas.
Estava aqui deitado, num quarto escuro me sentindo low, quite low.
Pensando nela e em tudo o que ficou para atrás.
Ao fundo tocava Let it be, e nossa, nunca antes havia parado e 'sentido' essa música.
É tão triste e melancólica.
Mais melacolia era a última coisa de que precisava.
Coloquei no Shuffle todos os meus albuns, e como se entendesse exatamente o que sinto,
Cartola falou por mim:
"Quem me vê sorrindo pensa que estou alegre.
O meu sorriso é por consolação;
Porque sei conter para ninguém ver
O pranto do meu coração."
E em plena 3 da manhã, sozinho, eu levantei e sambei.
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