Individualidade
Conheci centenas de pessoas, milhares. Rodei todo o Brasil como um eximio pesquisador, quase uma obsessão. Morei em dezenas de casas em lugares diversos e nada. Ainda não consigo saber quem eu sou.
Você passa grande parte de sua vida tentando encontrar alguém como você, que mesmo que distantes tenham a certeza que existe alguém ali, alguém que lhe compreenda justamente da maneira que deseja ser compreendido. Não encontrei. Acredito mesmo que ninguém vá encontrar.
Não existem cópias de carbono andando por aí como se fosse você. Não existe nada nesse mundo tão complexo quanto a soma de seus medos e experiências.
Nada no globo é tão intrigante quanto sua própria individualidade.
Somos únicos. No meio de tudo o que vivi, e de tudo que tive de fingir, sei bem como a individualidade pode pesar.
É cruel demais saber que ninguém no mundo possa lhe oferecer o conforto de sentir exatamente da mesma maneira que você sente, ninguém que divida com você suas origens e verdades. Nada, nem ninguém é capaz de fazer você encontrar a si próprio. Mas ao mesmo tempo é fascinante.
É fascinante a sensação de que além de você mesmo, não exista ninguém dentre milhões, bilhões de indivíduos que aja e pense da mesma forma que você. Você é único.
Não é de onde você vem que define quem você é. É justamente a maneira como você lida com isso que define o quão grande possa ser, é como você faz, como você sente e tudo pelo que já passou. Isso define o quanto sua vida é interessante e especial.
Já rodei quilômetros tentando encontrar as respostas, sem notar que elas se encontram aqui mesmo, dentro de mim.
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