Marcos Clark. Tecnologia do Blogger.

domingo, 27 de junho de 2010

O medo


Vivo escrevendo, esperando encontrar uma pessoa com quem possa trocar essa ou aquela idéia, sem a velha história de troca de favores e compromissos fúteis. As pessoas se comprometem demais com coisas de menos e esquecem que viver já é um compromisso sério demais.
Para mim escrever é fugir de problemas que me apavoram e dos quais não conseguiria me livrar sozinho, é encontrar amigos, pessoas que se identificam com esse ou aquele texto. É o que tenho a oferecer. Histórias que tenho pra contar. Não é muito.
Vivo num mundo de limites estreitos e pauteados. Tenho medo da vida, como poucos, me apavora correr riscos. Lamentável é saber que viver é correr riscos. Debruçado sobre meus textos não corro maiores riscos.
A literatura é meu endereço mais sólido. Rochas de pontos e vírgulas flutuando no oceano infinito de uma folha de papel, onde me exilei por vontade própria. Fiz dela meu território conhecido, livre de chateações e certezas imutáveis.
Foi sempre assim. Agora me pego aqui, numa tarde modorrenta de um domingo qualquer, lamentando os amigos que não fiz, os amores não vividos, as trilhas que gostaria de percorrer que ainda me assustam muito. Tenho medo de tentar, dá pra compreender isso?

6 Comente aqui:

Bruna! disse...

Como sempre eu me apaixono por todos os seus textos , parabéns mais uma vez ; )

Bruna Alves disse...

e mais uma vez eu me apaixono pelo seu texto , parabéns ! ;*

Larissa disse...

No fundo todos nós sentimos medo de tentar, e acabamos por deixar de fazer muitas coisas.
Eu adorei seu texto, e eu sempre voltarei pra ler os outros.

Yanna disse...

Sei bem como é lamentar as amizades e amores que nunca existiram. É horrível passar horas pensando no que eu deveria ter feito e, quando posso, desperdiçar a chance, novamente.

Lanah Black disse...

Pessoas que sentem demais, entendem perfeitamente vc.
E eu entendo perfeitamente.

Tammy disse...

"...Tenho medo da vida, como poucos, me apavora correr riscos..." Todos têm medo de encarar esse caminho imprevisível, o passo em falso que é a nossa vida. Só que alguns mascaram mais que outros. Aliás, se todos escrevessem, o sofrimento do mundo ficaria preso/livre no papel e não em guerras.

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