Marcos Clark. Tecnologia do Blogger.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Penless


Há momentos onde traçamos, em linhas tortuosas e sofridas, pedaços de nossa história em frases tão simples e ao mesmo tempo muito complexas,e por forçarmos demais a caneta, como se quisessemos impregnar as letras tão fixamentes, a caneta estoura. Manchando o já sujo papel, obscurecendo quase que por completo, as tão belas frases que havíamos escrito. Essa é a sina dos escritores que assim como eu, escrevem com tanta paixão e intensidade. Então o que nos resta é voltar a escrever, as mesmas frases, as mesmas histórias, os mesmo sentimentos. Em uma nova folha de papel, e com uma nova caneta, mais resistente, madura e cada vez mais impenetrável.

3 Comente aqui:

Vanessa Leãozinho disse...

O que nos resta é escrever uma nova página em nossas vidas.

Lanah Black disse...

Essa é a sina dos escritores, tentando tao febrilmente passar para o papel o tormento dos corações, o tormento da alma, as verdades inescapaveis que muitas vezes se vão com o vento sem tempo de poder ser expressas, como se tal fato pudesse realmente ser expressa, gestos, sentimentos em formas tao complexas.
"a caneta estoura. Manchando o já sujo papel, obscurecendo"
gostei disso, sabe que esse seu texto pode inspirar muito?
vou escrever algo me inspirando nele e te mando um dia desses.
quem disse que escritores não inspiram escritores? Lanah Black

Lanah Black disse...

Inspirado no texto "Penless" De Marcos Clark. Um presente pra vc ^^.

" Mãos tremulas pousadas sobre o já sujo pedaço de papel , olhar perdido, pensamentos soltos, coração batendo levemente descompassado.
Os minutos, quase intermináveis, passam infinitamente, sem se importar com a mente febril, cujo, solta no tempo tenta febrilmente transpassar em palavras a sina torturante carregada dentro de si.
Caindo incessantemente em gotículas de água do céu, o som da chuva se mistura ao leve tique taque do relógio, enquanto a mão permanece, trêmula, perdida, sobre o já sujo pedaço de papel que se borra no esforço, febril, da mesma, perdida e trêmula caneta, pousada à mão de uma enlouquecida alma impregnada de sentimentos febris.
Tinta. Sentimento. Tremula perdição se misturam então, na folha amassada, amarrotada, enlouquecidamente derrotada do escritor perdido, cujos, pensamentos trêmulos tentam num esforço febril passar para o já manchado sujo pedaço de papel os sentimentos tão trêmulos que foram perdidos de sua existência inacabada, de uma quase longa vida já findada.
Ah se a caneta pudesse, com mínimos detalhes, recitar ao papel os trêmulos sentimentos de uma alma enlouquecidamente perdida! Certamente as mãos, perdidamente trêmulas, não estariam enlouquecidamente febris ainda, numa perdida tentativa de tremulamente transpassar em palavras cada sentimento que seu coração, tão intensamente, pouco viveu e que ainda tão insensivelmente já morreu.
Palavras. Tinta. Coração. Papel. Loucamente amassado. Tristemente derrotado.
Pobres mãos trêmulas e perdidas do escritor, cujo, tenta, inutilmente, ainda recitar e no qual ainda permanecerá, enlouquecidamente a desenhar palavras sujas num pedaço de papel limpo sentimentos findos que jamais irão retornar."
By: Lanah Black

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