Marcos Clark. Tecnologia do Blogger.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Lucy


Tenho perdido noites de sono me questionando o que eu realmente quero da vida.
No meio dessa crise de meia-meia-idade a ânsia por respostas acabou se transformando numa insônia desgastante.
Sem conseguir dormir ou dormindo muito pouco, me vejo nadando entre respostas incompletas e futuros incertos.
Me peguei fazendo planos e culpando sei lá quem por ter me dado a vida, mas não ter me ensinado o que diabos eu deveria fazer com ela.
E foi a alto custo que hoje digo que cheguei a uma resposta.

Eu quero voar, mergulhar de cabeça e me deixar levar pelo sentimento.
Nem sei porque insisto em fincar meus pés na areia com medo de deixar a água me levar pra longe.
E mesmo que eu me esforce pra manter meus pés no chão, posso dizer que já consigo sentir o vento tocar meu rosto como se estivesse indo
ao encontro de algo grandioso que está prestes a acontecer.
Como se cada dia que se passa fosse um a menos pro dia onde encontrarei minha menina dos olhos de caleidoscópio.
Sim, realmente acredito que minha missão na Terra seja encontrar uma pessoa.

Por mais que minhas atitudes indiquem o contrário, sempre fui um cara romântico.
Eu acredito mesmo na mágica e no poder do amor.
Acredito naquele amor romântico onde duas pessoas se encontram e juntas escrevem seus felizes para sempre.
Eu sei, eu sei vivo dizendo que pra sempre é tempo demais.
Só que digo também que é preciso ignorar algumas leis pra que algo considerado irreal se torne possível.

E que me perdoe minhas ex, mas não posso dizer que já encontrei-a.
Isso vai muito além do amor que um dia senti por vocês, meninas.
Não tem a ver com mulheres, ou conquistas.
Ou ao amor carnal e matrimonial que senti por vocês.

Estou no mundo a procura de um momento, um momento que dure a vida inteira.
Sabe quando estamos vivendo do ócio onde nada nos toca e nada nos satisfaz, até que algo grandioso acontece
e no segundo seguinte a isso seu coração parece estar batendo do lado de fora do peito, o ar escapa e a gente sente como se nada mais importasse?
É por esse momento que procuro.

Por acreditar no amor, confiei cegamente que a minha menina caleidoscópica pudesse ser alguma mulher que me tirasse do tédio.
Que pudesse ser aquela que usaria uma aliança dada por mim e aceitasse meu pedido de felizes para sempre.
E como outrora, eu estava errado.
Não se trata de uma mulher especifica, mas de uma menina.
Ela não dividira a cama comigo, mas imploraria que eu ficasse ali por mais alguns minutos balançando seu berço.
A menina de quem falo possui o sorriso inocente de quem acabou de nascer.
E me chamaria de pai.
É exatamente aqui onde meus dois maiores sonhos se encontram.
Quando parei pra pensar um pouco, percebi que meu sonho de ser pai e o sonho de encontrar a menina de olhos de caleidoscópio se completavam e tornavam-se um só.
A minha menina seria nada mais, nada menos do que minha própria filha que nem sequer está pronta pra nascer.
Será alma da minha esperançosa alma, sonho do meu grandioso sonho, amor do meu sublime amor.

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