Marcos Clark. Tecnologia do Blogger.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Camaleoa


Ele passara grande parte da vida acreditando no belo.
Um romântico incorrigível, até a página 5, acabou se perdendo num mundo promiscuo e vazio. O mundo dos que não tem alma nem amor próprio.
Ele queria sonhar.
Fazer parte daquilo, era seu purgatório, na verdade.
Um mundo repleto de caminhos perdidos e escolhas mal feitas.

Ela ainda acreditava.
Pequena sonhadora cativante.
Não sabia muito bem onde estava indo, nem como chegaria lá, mas acima de tudo ela ainda acreditava.
Vivia num baile de máscaras, e dançava como convinha dançar.
Mas agora estava ali naquele mundo que não lhe pertencia,
Implorando por liberdade, se agarrando em tudo o que lhe trouxesse um pouco de vida.

As coisas fluíam com uma facilidade indescritível entre os dois.
Quem os via de fora, acreditava que eram amantes seculares.
O beijo era terno, a paixão era visível.
Transcendiam tudo aquilo que as pessoas acreditavam até então.
Eram ao mesmo tempo ávidos e impetuosos, um perigo pra sociedade.
Uma soma de romances tórridos, amores sórdidos, dúvidas, disfarces, jogos e mais jogos

Ela de certa forma sabia exatamente como ele via o mundo, sem necessidade de palavras.
E sentia o que ele sentira tantas outras vezes na vida.
Ela era o que ele sempre foi.
Todo aquele desespero enclausurado, aquela vontade auto destrutiva de gritar para o mundo
coisas que o próprio mundo ainda não estava preparado para ouvir.
Ele era o que ela sempre sonhara ser.
Um misto de liberdade e indiferença.

Ela era assustadoramente inteligente, loucamente bela.
Era o mistério que ele deseja desvendar pelo menos uma vez na vida.
Ela tinha a porta, ele possuía a chave.
Ela possuía o fim, do começo de cada frase que ele não soubera terminar.
Era a história perfeita que ele sempre sonhara encontrar.

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