Marcos Clark. Tecnologia do Blogger.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Ode ao Feminino


Eu amei todas as mulheres.
A mulher que amo hoje que me desculpe, mas eu amei todas as mulheres.

Esse meu fascínio começou cedo.
Fui criado rodeado de mulheres, em especial lembro-me de minha irmã mais velha.
Talvez tenha sido a primeira mulher que amei, que desculpe minha mãe.
Mas lembro-me da primeira vez que a vi nua, pelo reflexo do espelho acreditando que não seria pego.
Lembro do corpo branco e magro, da maneira perfeita que ele se movia.
Desde o quadril mais largo que o tronco, até a bunda pequena e firme que outros tanto desejaram.
Lembro-me dos pêlos pubianos e de como aquilo era simétrico.
Aos 6 anos de idade tive minha primeira ereção.

Eu fui crescendo, e meu desejo aumentava.
Aos 10 anos conheci a pequena que me faria amar cabelos cacheados para o resto da vida.
Meu primeiro beijo inocente, minha primeira paixão, o primeiro corpo que toquei.
Musa de minhas primeiras cartas de amor, dona de minhas primeiras lágrimas de desespero.
Abandonou-me e partiu sem se despedir.

Chorei por meses e resolvi mudar-me.
Aos 11 fui morar bem longe da realidade que conhecia, mas ainda pensava nela.
Até conhecer um verdadeiro diabo num corpo celestial, a menina que me faria marcar cada árvore daquele lugar com suas iniciais.
Logo me esqueci da primeira.
Com essa aprendi a interpretar e adorar o descaramento e cinismo que só uma mulher consegue ter.
Cabelos escuros e olhos negros como a noite, meu primeiro beijo amoral, o desejo começara a nascer.

Aos 13 conheci a mulher que me faria amar de verdade as mulheres.
Conheci cada problema e dúvida que aquela representante do sexo feminino possuia.
Cabelos negros e cacheados, um sorriso torto e inesquecível.
Descobri como lidar com TPM e amei-as mais por descobrir que elas sofriam uma vez por mês para que nossa espécie fosse preservada.
Entreguei-a meu corpo, minha alma e minha inocência.
Amei-a cada dia dos curtos 5 anos que vivi ao lado dela.

Aos 18 dediquei-me a literatura.
Apaixonei-me por Capitu, Lolita, Sylvia Plath e Ana C.
Essas duas últimas que me acompanham até hoje.
Estudei cada verso, interpretei cada angústia, decifrei cada código.

Aos 19 me perdi pro meu vício.
Me afoguei numa overdose de gostos e cores, indiscriminadamente.
Não me julguem, fui mais vítima do que sedutor.
Nunca tive escolha.
Eu queria conhecer todas as mulheres, todos os tipos, tamanhos.
Cada mulher era um mistério a ser desvendado.
Me dediquei a ouvir as histórias, os relatos dos amores antigos.
Dediquei-me a conhecer seus sonhos, esperanças, agonias e sofrimentos.
Ruivas, loiras, morenas e mulatas, eu amei-as todas de todas as formas que eu pude amar.
Amei-as de tal forma que nenhuma mulher que me teve pode dizer que não foi amada uma vez na vida.
Nem que tenha sido por uma noite, um segundo ou por toda eternidade.

Hoje aos 20 ainda tenho muito o que aprender e desvendar.
Mas asseguro-lhes que se eu morresse agora e existisse a tal da reencarnação,
Eu reencarnaria no corpo de um homem perfeito.

1 Comente aqui:

Anônimo disse...

Nossaaa!!! Que lindo.Gostei

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