Éris
Uma das coisas que mais me incomodam e me fazem gritar internamente numa convulsão grotesca é essa displicência embutida no ser humano de se intrometer, julgar e crucificar vícios ou virtudes alheias.
Palpitar em conflitos que não são seus. Criticar, julgar e apontar culpados em problemas que sequer lhes dizem respeito.
Não me interessa se fulano fez ou deixou de fazer algo. Se não me afeta diretamente, estou pouco me fodendo.
Mas se pisar no meu calo, ai sim me permito usar de minha extrema ignorância.
Manifesto minha angústia com a ousadia de dizer que sinto um nojo muito forte desse tipinho ignóbil da humanidade.
Não por simples sentimento de superioridade ou misantropia.
Convenhamos que não exista nenhum tipo de ser, em plena consciência sentiria orgulho de dizer que faz parte de uma mesma raça onde se encontram pessoas vazias, esbanjando uma satisfação grandiosa com a desgraça e destruição de pessoas tão próximas.
Invejar felicidade alheia, longe de ser apenas egoísmo, é considerado extrema burrice.
Sim, burrice.
Ao invés de olhar pra sua própria realidade, pra seus próprios problemas, prefere viver uma vidinha medíocre procurando problemas nos que estão ao seu redor.
Amadureça e procure encontrar seu lugar no mundo.
Pare de tentar mostrar essa imagem de pessoa extremamente feliz enquanto por dentro está podre e corroído.
Aceite a si próprio ao invés de buscar aceitação.
Não seja hipócrita e aprenda de uma vez que não dá pra destruir com palavras o que não foi construído com palavras.
2 Comente aqui:
Hey, Clark, faz tempo que acompanho o blog e nunca comentei dizendo o quanto ele me cativa, desde posts como esse, como também a sua poesia em "Inevitável". É isso, parabéns, não de uma fã, mas de uma fiel leitora.
Fico feliz em saber que meus textos possuem leitoras fiéis, isso só me estimula.
Obrigado, Rafaella.
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