Marcos Clark. Tecnologia do Blogger.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

O mito de Thaty Ohara


Acho que todo mundo aqui já ouviu em alguma etapa da vida aquele conselho de:

"Se você quer muito alguma coisa, deixe-a livre. Se ela voltar será sua para sempre,
se ela não voltar, nunca foi sua de verdade."

Isso pode até funcionar em livros e roteiros de cinema onde a história foi escrita ao redor dos personagens principais, mas na vida real acreditar nesse tipo de coisa é pura besteira.

Primeiro porque não existe pessoa certa, ninguém é de ninguém.
Acreditar que dentre todas as pessoas do planeta exista uma pessoa certa pra nós é presunção demais, ou (que me perdoem a palavra), uma tremenda burrice.
Deixe-me ilustrar melhor minha teoria:

No mundo existem cerca de sete bilhões de pessoas.
Vou até colocar os zeros pra que fique evidente a grandiosidade do número.
7.000.000.000!
7 bilhões de pessoas é gente pra caralho!
Se existisse uma pessoa certa dentre todas essas, a chance de você encontra-la é de um pouco mais de 0,0000000001%.
E mesmo se encontrasse as chances de não perceber que ela é a pessoa certa é muito grande.
Afinal, não existe um código de barras ou tatuagem que comprove isso e o ser humano tem uma tendência a piscar quando passa um momento importante bem embaixo de seus olhos.
Então desista de procurar, não existe uma pessoa certa.

No mundo real o que existe são possibilidades.
Possibilidades e objetivos em comum.
Se você encontrou alguém que te completa nos quesitos físico, psicológico e emocional, ela é a atual pessoa certa pra você.
Se os planos pessoais de vocês dois pra daqui a 5 anos se encaixam, fique com ela.
Não deixe-a ir acreditando que ela voltará se for o amor da sua vida.
Esse mundo é grande e mal, cheio de reviravoltas e pessoas interessantes.
Se deixa-la ir, vai correr o grave risco dela encontrar uma outra pessoa interessante e acabar esquecendo você.

Como diz Caetano Veloso:

“Porque você me esquece e some?
E se eu me interessar por alguém?

E se ela de repente me ganha?”


O pior de tudo é que muitas das vezes a nova pessoa não é nem 10% do que a anterior foi importante um dia.
Eu mesmo já passei por isso, e vou te falar, dói mais do que um soco no estômago.
Dói porque quando a gente percebe, tudo já está perdido e você se culpará pra sempre por ter deixado aquela pessoa passar. Não haverá mais nada que você possa fazer.
E sim, você também pode encontrar alguém interessante.
Mas porque diabos arriscar perder uma pessoa interessante que você JÁ ENCONTROU?
Mais vale um pássaro na mão, não é verdade? E as chances de alguém te completar nos 3 quesitos é muito pequena.

Então se você conhece alguém que te ama tanto quanto você a ama, que te completa e tenha os objetivos futuros em comum, lute até o final. Não abra mão.
Você pode nunca mais encontrar alguém tão especial.
Se você ama, cuide, arrisque sem medo de sofrer.
Mais vale sofrer acreditando que tentou até o final, do que abrir mão e acabar se culpando pra sempre por ter deixado essa pessoa passar.

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O acerto


Quando sentei de frente pro computador minha intenção era escrever algo triste sobre como duas pessoas que se amam conseguiram estragar algo tão belo.
Sobre como tinham tudo pra ficarem juntas pra sempre, e agora nunca mais se verão.
Mas não, não vou me agarrar ao drama dessa vez.

Por mais que você leve com você a certeza de que foi um erro, eu sigo pela contra-mão.
Não me arrependo nem um pouco de ter vivido essa história deliciosa e complicada ao seu lado.
Você é uma pessoa MUITO especial.
Vou guardar na lembrança a menina sonhadora que eu conheci em uma balada lotada.
Os momentos bons que tivemos enquanto estava tudo bem.
As mágicas, os segredos, as histórias pra dormir.
A vez que você me apresentou Cazuza e cantamos juntos o 'Blues da piedade'.
A noite em que peguei no sono com você sussurrando em meu ouvido a história da Dona Baratinha.
Vou lembrar de você rolando por cima de mim com uma felicidade verdadeira estampada num sorriso.
É esse tipo de coisa que sentirei falta.

Amor, o que sentimos pode ter sido confuso, mas foi puro.
Mesmo que agora só reste cinzas, defeitos e rancor.
O que eu sinto ainda é puro e sempre será.
Éramos duas crianças desesperadas que se agarravam uma na outra por não ter pra onde ir.
Quando eu tinha algo bom pra contar era com você que eu queria compartilhar,
quando estava desesperado, era você a primeira pessoa pra quem eu ligaria.
Não acredite que você me fez mal.
Você também me salvou.
E me ensinou tanta coisa.

Agora depois de reler seu texto pela 20ª vez em 5 minutos, eu deveria te odiar, mas me coloco na tua pele, e percebo que você tem mesmo razão em me julgar daquela forma.
Foi essa a imagem que pintei pra você.
Ao me colocar na tua pele, eu vejo o quanto fui cruel em te pôr tantas dúvidas.
Por mais que tenha lhe dado mil motivos pra que acreditasse que sou um monstro, acredite, eu não fiz por mal.
Me dói tanto ter destruído a certeza tão bela que você tinha.
É que tenho mesmo essa mania feia de ser duro demais com as pessoas que gostam de mim, e acabo sempre fodendo tudo no final.
É assim com todo mundo.
Mas acredite o que eu sinto é mesmo sincero, é incondicional.

Sabe, se eu pudesse eu voltava pra'quela catedral e viveria tudo novamente.
Foi tudo tão perfeito.
Era tudo novo e o que sentimos bastava.
Éramos nós dois contra o resto do mundo.

Agora que você se foi, os dias vão passar, as noites vão seguir.
Ficarei mal por um tempo, droga, só Deus sabe como ficarei mal.
Mas não ficarei pensando nas coisas ruins que aconteceram.
É que sempre que eu deito na minha cama com lágrimas nos olhos e tento te odiar, eu acabo olhando pro teto e vejo aquele catavento ali, tão simples, puro e colorido.
O mesmo catavento que estava quebrado e você consertou, fazendo-o funcionar novamente.
E quando isso acontece, é como se você se materializa-se aqui do meu lado, vestida com minhas roupas, e falasse baixinho em meu ouvido, "tudo vai dar certo, amor" e
me mostrasse que ainda é possível amar, mesmo em tempos tão difíceis.

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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Ode ao Feminino


Eu amei todas as mulheres.
A mulher que amo hoje que me desculpe, mas eu amei todas as mulheres.

Esse meu fascínio começou cedo.
Fui criado rodeado de mulheres, em especial lembro-me de minha irmã mais velha.
Talvez tenha sido a primeira mulher que amei, que desculpe minha mãe.
Mas lembro-me da primeira vez que a vi nua, pelo reflexo do espelho acreditando que não seria pego.
Lembro do corpo branco e magro, da maneira perfeita que ele se movia.
Desde o quadril mais largo que o tronco, até a bunda pequena e firme que outros tanto desejaram.
Lembro-me dos pêlos pubianos e de como aquilo era simétrico.
Aos 6 anos de idade tive minha primeira ereção.

Eu fui crescendo, e meu desejo aumentava.
Aos 10 anos conheci a pequena que me faria amar cabelos cacheados para o resto da vida.
Meu primeiro beijo inocente, minha primeira paixão, o primeiro corpo que toquei.
Musa de minhas primeiras cartas de amor, dona de minhas primeiras lágrimas de desespero.
Abandonou-me e partiu sem se despedir.

Chorei por meses e resolvi mudar-me.
Aos 11 fui morar bem longe da realidade que conhecia, mas ainda pensava nela.
Até conhecer um verdadeiro diabo num corpo celestial, a menina que me faria marcar cada árvore daquele lugar com suas iniciais.
Logo me esqueci da primeira.
Com essa aprendi a interpretar e adorar o descaramento e cinismo que só uma mulher consegue ter.
Cabelos escuros e olhos negros como a noite, meu primeiro beijo amoral, o desejo começara a nascer.

Aos 13 conheci a mulher que me faria amar de verdade as mulheres.
Conheci cada problema e dúvida que aquela representante do sexo feminino possuia.
Cabelos negros e cacheados, um sorriso torto e inesquecível.
Descobri como lidar com TPM e amei-as mais por descobrir que elas sofriam uma vez por mês para que nossa espécie fosse preservada.
Entreguei-a meu corpo, minha alma e minha inocência.
Amei-a cada dia dos curtos 5 anos que vivi ao lado dela.

Aos 18 dediquei-me a literatura.
Apaixonei-me por Capitu, Lolita, Sylvia Plath e Ana C.
Essas duas últimas que me acompanham até hoje.
Estudei cada verso, interpretei cada angústia, decifrei cada código.

Aos 19 me perdi pro meu vício.
Me afoguei numa overdose de gostos e cores, indiscriminadamente.
Não me julguem, fui mais vítima do que sedutor.
Nunca tive escolha.
Eu queria conhecer todas as mulheres, todos os tipos, tamanhos.
Cada mulher era um mistério a ser desvendado.
Me dediquei a ouvir as histórias, os relatos dos amores antigos.
Dediquei-me a conhecer seus sonhos, esperanças, agonias e sofrimentos.
Ruivas, loiras, morenas e mulatas, eu amei-as todas de todas as formas que eu pude amar.
Amei-as de tal forma que nenhuma mulher que me teve pode dizer que não foi amada uma vez na vida.
Nem que tenha sido por uma noite, um segundo ou por toda eternidade.

Hoje aos 20 ainda tenho muito o que aprender e desvendar.
Mas asseguro-lhes que se eu morresse agora e existisse a tal da reencarnação,
Eu reencarnaria no corpo de um homem perfeito.

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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Segure-me firme, eu caio.


Fico procurando motivos pra entender porque esse nosso relacionamento é tão diferente.
Porque está tudo tão calmo e completo, mas ao mesmo tempo me sinto mal, como se tivesse sempre faltando alguma coisa.
Nem a paz, nem a calma parece nos satisfazer, a chama parece não aquecer.
Fico vendo passar abismos entre nós, e por mais que me esforce, não consigo nem mergulhar pra te salvar, nem cair fora daqui, fico parado.
Esperando o abismo sumir.

Eu tenho um medo danado de você, assim como o mar, algo me impede de ter coragem o suficiente pra mergulhar de cabeça.
Fico deixando sempre metade do corpo pra fora, com um medo insuportável de acabar nos iludindo.
Sempre fui tão quente e hoje me sinto tão frio.

Não acredito que seja falta de desejo, oh! Quando estamos sozinhos não desejo outra coisa.
Essa insegurança se vai, não desejo mais nada nem ninguém.
Estar ao seu lado, é tudo o que quero, é o que me faz forte.
Mas assim tão distante é como se você me consumisse.
Me pego tentando advinhar o que poderia te prender, chamar sua atenção e lhe fazer desejar-me como no início.
Fico lendo teus textos, procurando palavras chaves na internet, revirando seu passado, sua história, fico atrás de algo que eu pudesse adaptar, me transformar no que te agrada e não consigo.

Sabe, no começo quando você me olhava seus olhos brilhavam tanto, tu me fazia sentir o cara mais foda do universo.
Mesmo sabendo que eu estava longe disso, eu me sentia bem.
Agora esse brilho mudou.
Antes me olhava com uma paixão e um desejo estonteante, como se eu fosse um pedaço de diamante que reluzia sob seus olhos.
Hoje, no seu olhar encontro apenas dúvida.
Como se procurasse em mim um motivo por ter gostado tanto outrora.

Sinto como se fizéssemos parte de mundos diferentes, como se seguíssemos por caminhos opostos que nunca se cruzam.
Talvez eu esteja passando por uma dessas crises de insegurança que todo casal passa no começo de um relacionamento,
Eu não sei bem, mas tem algo em você que me diz que ainda não é minha, e talvez nunca será.

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domingo, 13 de novembro de 2011

Alquimia


Se é amigos que tu queres, não precisas procurar.
Se amigo diz que é, ele irá lhe apunhalar.
Mantenha-se na tua, paz profunda encontrará.
Quando mais perto dos homens, mais tristeza tu terá.

Se algo não te soma, aos poucos te reduzirá.
Se nada te cativa, consumido tu será.
Quando ages com amor, só bondade receberá.
Se houveres só paixão, logo cedo acabará.

Não tolere levianos, fique longe tu verá.
Que quanto mais longe possível, mas sensível tu será.
Circunda-te de rosas, e teu coração florescerá.
Misture-se aos porcos, e porco logo se tornará.

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